Compras coletivas: bom para quem compra, bom para quem vende

Segunda parte da matéria. Neste trecho, a reportagem aborda o ponto de vista dos proprietários de sites de compras coletivas.

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Florian Otto, CEO do Groupon Brasil, afirma que pelos números apresentados até então se pode dizer que este é um negócio sustentável. Afinal, já são mais de 18 mil ofertas publicadas no site e mais de 2,8 milhões de cupons vendidos em 44 municípios. Só em Maceió, cidade em que o site começou a atuar desde janeiro, já são 25 mil cupons vendidos e 300 ofertas publicadas. Números que representam um trabalho de parcerias com empresas e divulgação de ofertas no site, nas redes sociais e via e-mail.

“A empresa surgiu da ideia de oferecer uma maneira das pessoas descobrirem lugares bacanas para ir em suas cidades. Assim, Andrew Mason, aos 29 anos, criou o Groupon, que ele resume como incentivo para levantar do sofá e experimentar algo interessante nas cidades que estamos e com pessoas que gostamos”, ressalta.

Segundo Otto, uma das principais vantagens das compras coletivas é a fidelização de clientes. É o que também acredita o empresário Antônio Moura, diretor comercial do primeiro site de compras coletivas genuinamente alagoano, o Descontão Arretado. Lançado em parceria com a VG Web, em sua primeira semana, o site vendeu 392 pizzas em 72 horas.

Para Moura, já se pode dizer que este novo negócio é uma ideia que deu certo. “As compras, geralmente, são realizadas por impulso. Se está barato, o consumidor compra. Eu vejo apenas vantagem para o comércio, pois atribui garantia de visibilidade para as empresas. Na verdade, trata-se de uma estratégia de marketing”, ressalta.

Moura explica que antes da oferta ser lançada, é feito um acordo entre o site e a empresa, com análise do produto e do desconto a ser oferecido. Com a oferta no site, no caso do Descontão Arretado, os consumidores efetuam a compra pelo PagSeguro, uma empresa do UOL. Ao atingir o limite mínimo de participantes, a compra é validada e um cupom é enviado para o e-mail do consumidor. Com o cupom em mãos, o cliente pode se dirigir à empresa e adquirir a sua compra (respeitadas as regras e prazos de cada oferta). E caso a oferta não alcance o limite mínimo, as compras não são validadas, portanto, o consumidor não corre o risco de ter problemas com a sua compra.

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Este blog apresenta relatos e informações de minha trajetória profissional. As postagens aqui publicadas destacam trabalhos realizados e trazem momentos marcantes vivenciados desde a graduação em Jornalismo.